8.4.14

#17 - Resenha Divergente

Gente, antes de tudo peço perdão! Abandonei o blog por um mês, foi um mês de tortura pra mim! Meu computador infelizmente morreu, até tentei atualizar mas não consegui. Mas o que adianta chorar pelo leite derramado? Eu li muitos livros nesse mês, então vou correr para atualizar o blog! Primeiramente quero agradecer ao Glauber lá do Mundo Distópico. Grupo do Facebook que reúne fãs de distopias; se você ama o tema corre pra lá! E hoje, escolhi o melhor do meu mês - Divergente. Porque será, né? <3

Sinopse: "Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.
E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive."

Autor: Veronica Roth
Nº de páginas: 502
Ano Edição: 2012
Editora: Rocco
Tradutor: Lucas Peterson
Levantar questionamentos, mostrar uma realidade e tratar de assuntos polêmicos como: política, fome, corrupção, guerra... fazem parte de qualquer distopia que vemos por ai, o livro Divergente, cumpre seu papel com excelência! Divergente conta a História de Beatrice, uma jovem que completou 16 anos, e agora terá que escolher em que facção passará o resto de suas vidas: Abnegação, Franqueza, Audácia, Amizade ou Erudição são as opções. Cada facção remete o estilo de vida da pessoa que faz parte. Os membros das facções trabalham em cada setor da sociedade a anos, de forma organizada e dando o seu melhor. Por exemplo: Os membros da erudição são pessoas dedicadas a livros, ciência e educação. Então essa parte da sociedade é comandada por eles. Nenhuma facção se intromete na vida da outra, porém uma precisa da outra para manter a sociedade em harmonia.

Beatrice nasceu na Abnegação. A abnegação é a facção mais simples de todas, as pessoas de lá vivem para as outras pessoas. A alimentação é simples, as roupas são simples e cinzas, não existe vaidade na abnegação. Todos da abnegação são pessoas que abrem mão de tudo que tem para ajudar ao próximo. São pessoas extremamente caridosas e afetuosas.

Nessa forma de organização em Chicago, cada jovem que completa 16 anos pode escolher a qual facção pertencerá a vida inteira depois de passar por um teste de aptidão. Beatrice faz o teste e descobre um resultado inesperado, que é sinonimo de morte: Ela é Divergente, ou seja, não tem uma facção definida.
Se ela não escolher por nenhuma, será uma sem facção. Os sem facção são pessoas rejeitadas pela sociedade, passam fome, e morrem fácil. Mas, os divergentes são pessoas banidas e perseguidas por qualquer facção, tanto que as máquinas, testes, desafios, sempre são vistos por algumas pessoas que só querem descobrir o Divergente para mata-lo. Porém ela surpreende a todos escolhendo uma facção, mesmo com questionamentos, amor a família, etc...

O livro é surpreendente e aborda temas essenciais numa distopia. Verônica Roth é realmente muito criativa, a parte das facções me impressionaram de uma forma, que após terminar o livro eu ficava pensando: Qual facção eu pertenceria se fosse um personagem do livro? (Fiz até um teste para saber hahaha). Diferente da nossa amada Suzanne Collins, Verônica mostra o seu potencial descrevendo com excelência da facção. Mostrando a cultura, comportamento e caráter. Apenas a facção da Amizade não é descrita totalmente, porém o que é dito já nos dá uma dica do que veremos no próximo livro. A facção da Amizade será melhor mostrada.

Verônica se mostra muito desprendida de personagens, e os assassina com uma facilidade que choca. Ela descreve as cenas de ação, sentimentos, e os ambientes perfeitamente. O livro mostra uma dúvida: O que aconteceu com Chicago para ser assim? Eu gostaria muito que essa dúvida fosse sanada de um jeito mais completo, o livro mostra de forma superficial o motivo.

O livro é contato em primeira pessoa por Beatrice, não tem como não ama-la. Ela é uma personagem com sentimentos inconstantes. Vemos mais uma vez uma garota protagonista de uma distopia, elas fazem mais sucesso? Tem mais a ver? Não sei dizer. O livro é contado por ela de uma forma meio robotizada no inicio, porém isso passa e a autora foca mais nos sentimentos e o ponto de vista de Tris da sociedade, de Quatro, o seu namoro misterioso.

Esse livro é o primeiro de uma trilogia, o segundo já lançou no Brasil e se chama Insurgente, e o Terceiro: Convergente. Divergente também será lançado como filme em abril 2014, você pode ver o trailer abaixo.