4.11.13

#14 Resenha - O lado bom da vida

Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados".
Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, sua esposa negando-se a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.
À medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat começa a entender que "é melhor ser gentil que ter razão" e faz dessa convicção sua meta. Tendo a seu lado o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel e Tiffany, a irmã viúva de seu melhor amigo, Pat descobrirá que nem todos os finais são felizes, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Um livro comovente sobre um homem que acredita na felicidade, no amor e na esperança.
Autor: Quick Matthew
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance

A história é narrada por Pat Peoples, protagonista de 30 anos, desempregado que mora com os pais e que foi internado numa clínica psiquiátrica (ou o lugar ruim, segundo ele).
Pat não se lembra de quanto tempo se passou enquanto esteve isolado do mundo, e muito menos o que aconteceu para fazê-lo ser internado, a única coisa a que ele se agarra com unhas e dentes é a ideia de reconquistar sua esposa Nikki, que acredita ele, quis que ficassem por um tempo separados.
Jeanie, a mãe, resolve tirar Pat "do lugar ruim" mesmo que ele ainda esteja mentalmente perturbado.  Esse retorno não é fácil. Seu pai, Patrick, se recusa a falar com ele e todos evitam comentar sobre os acontecimentos do passado, que resultaram na sua internação. Pat se vê obrigado a reorganizar sua vida começando a ler, malhando e enxergando sempre o lado bom das coisas.
Tiffany, irmã da esposa de um dos amigos de Pat, também sofreu/sofre de problemas psicológicos e de uma forma estranha, se torna amiga de Pat. Porém, esta amizade tem sua cota de altos e baixos mas, ao mesmo tempo, ela parece ser a única que verdadeiramente entende Pat.
No mínimo um quarto do livro é dedicado aos jogos -até porque coisas importantes acontecem durante eles- se passando em estádios (antes, durante e/ou depois de uma partida). Fora isso, o tema é bastante exagerado no resto do livro também, com a família assistindo jogos, brigando ou simplesmente conversando sobre isto. Isso ao meu ver deixou a leitura meio exaustiva e lenta.
Mesmo eu tendo uma queda por personagens "coitadinhos" como Pat (ou o Charlie de As vantagens de ser invisível), para mim Tiffany é a personagem mais legal do livro - manipuladora, honesta ao ponto de causar desconforto e se irrita com extrema facilidade -, quanto ao final, me pareceu meio abrupto, como se o autor tivesse pressa em terminá-lo, mas em um todo eu gostei do livro. É uma leitura gostosa e até engraçada -pelo fato de ser narrada pelo protagonista ficamos a maior parte do tempo tão expostos quanto ele-, romântica e muito sensível.
De 5 estrelas digamos que eu daria... 3!